sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

CAA Fazendo sanduiche

Quem não gosta de um sanduiche natural?  Essa é mais uma opção de prancha de Comunicação Alternativa Aumentativa e/ou Suplementar (CA). Essa prancha está composta por imagens de ingredientes para fazer um sanduiche natural. Não, necessariamente, necessita colocar todos esses elementos, vai da criatividade e do desejo de cada paciente/aluno.


Prancha confeccionada pela aluna de Terapia Ocupacional Camila Costa da UFRJ


Bom apetite!!!



Comunicação Alternativa com fotos

Como já escrevi anteriormente, Comunicação Alternativa  é uma das 11 categorias da Tecnologia Assistiva, com base nas diretrizes gerais da ABA (American Wich Disabilities Act). Permite a comunicação expressiva e receptiva à pessoas  sem a fala ou com limitação na mesma. A CA pode acontecer por recursos externos ou recursos do próprio  paciente (como a expressão, gestos, sons, movimentos corporais voluntários).  

Sendo assim, os sistemas de comunicação são um meio eficaz de incluir àqueles desprovidos ou limitados pela fala.  Vários sistemas podem ser usados como meio de comunicação. A criança, jovem ou idoso pode utilizar um tabuleiro com imagens, signos, desenhos, escrita e até fotografia para expressar suas idéias, opiniões, desejos, vontades e sentimentos. 

Encontrei um site que tem inúmeras fotografias. Embora em espanhol, está bem simples de ser visualizado. Está dividido por categorias, desde abecedário até transporte (por ordem alfabética). Podemos encontrar objetos, vestuário, ações, alimentos e muito mais, tudo em foto. 

Esses são exemplos de fotos que poderão encontrar no site:










Clica nesse link: Arasaac que encontrará um mundo de possibilidades para fazer a prancha de comunicações com fotos.

Vamos ao trabalho!!!

Creme dental

Abrir uma simples tampa de creme dental pode ser um tanto quanto difícil para quem apresenta dificuldades em movimentos finos (como em realizar pinça) e défict na força muscular. 

Essa adaptação simples é uma ótima opção para amenizar as dificuldades do dia a dia. 

É feita de madeira com um antiderrapante para facilitar ainda mais seu uso. O único movimento que exije é um mínimo de força para apertar a base superior.



sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Suporte para abrir torneiras

     As torneiras em formato de cruz ou bolinhas exigem mais destreza fina e esforço físico para poder abrí-las ou fechá-las. Para pacientes com artite reumatóide ou que apresentam algum tipo de limitação de movimentos nas mãos (como realizar preensão em pinça,  dissociação dos dedos, desvio ulnar e radial) essa simples tarefa se torna um pouco dificultosa. 

     Poder realizar com autonomia as atividades do dia a dia utilizando uma simples adaptação, pode fazer muita diferença na qualidade de vida desses pacientes. 

     A torneira pode ser adaptada de uma maneira que exija menos esforço físico ( preensão palmar plena) ao abrí-la. 


Essa adaptação é super fácil e simples de fazer. Vai necessitar de apenas dois canos de pvc (de 2 medidas de diâmetros diferentes). O cano de maior diâmetro deve ser recortado de forma que se encaixe sobre a torneira. 





Bibliografia:
LEHMKUHL, L. D.; Smith, L. R. Cinesiologia Clínica Brunnstrom. Manole, 1997.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

CAA : Musica- Se essa rua

Como na postagem anterior, esse é mais canção infantil "Se essa rua fosse minha"  utilizando a prancha de Comunicação Alternativa Aumentar e/ou Suplementar.



Feita pela aluna Thays Rodrigues Pires, estudante de Terapia Ocupacional

CAA: Musica - Era uma casa muito engraçada

     Umas das 11 categorias da Tecnologia Assistiva, com base nas diretrizes gerais da ABA (American Wich Disabilities Act) é a Comunicaçao Alternativa Aumentativa e/ou Suplementar. Permite a comunicação expressiva e receptiva à pessoas  sem a fala ou com limitação na mesma. A CA pode acontecer por recursos externos ou recursos do próprio  paciente (como a expressão, gestos, sons, movimentos corporais voluntários).  

      E aqui lhes mostro um um exemplo de prancha de Comunicação Alternativa de uma canção bastante conhecida: "Era uma casa muito engraçada". 




Feito por Larissa Fernandes (estudante de Terapia Ocupacional)


Pode ser baixada pelo link    Era uma casa 1
                                              Era uma casa 2

E assim como essa canção, também pode ser feito outras pranchas com as milhares de músicas infantis. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Pianum

     Hoje em Ciapat recebemos a visita de Jorge. Um músico que trabalha com canções publicitárias mas que envolveu com o tema da inclusão ao entrar em contato com uma vizinha de 9 anos com deficiência intelectual. A fim de ensiná-la música, desenvolveu um programa chamado Pianum (Piano numérico).




      É um programa simples, gratuito que pode ser baixado por internet. O programa consiste em ensinar piano através de sequêcia em ordem numérica que vão formando canções simples.  Com isso basta clicar sobre a tela (  tablet ou tela touch screen) acompanhando os números. Pensando em usá-lo também em notebook e computadores sem a tela touch, Jorge desenvolveu uma adaptação simples que na qual coloca-se sobre o teclado simulando as teclas do piano.


  

     É uma ótima opção para a Arte Educação (professores de arte), AEE (Atendimento educacional especializado) e terapias ( fono, terapeutas ocupacionais). 


O público pode variar desde crianças a idosos com demencia.

A atividade estimula a atenção, concentraçäo, percepção auditiva, sequência, orientação espacial e temporal e, principalmente, despertar o interesse pelo piano e música em geral. 



Jimena (Terapeuta Ocupacional) e Jorge (músico)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Bolsa com sabão para banho

Essa é uma bolsa feita de tecido fino e suave, fechado com cordão. Dentro de uma das bolsas é colocado um sabonete e na outra uma esponja. A bolsa sustentada pelo punho  evita a queda do sabonete ou a esponja enquanto a pessoa se banha de forma autônoma.


Produto confeccionado pelos alunos da Universidade de Morón, sob supervisão da Prof. Gladys Martinez

                   
 Esse produto é destinado a pessoas com mobilidade reduzida, défict de equilíbrio.

Calçador de plástico (colocar meias)

Este é um produto bastante simples e muito funcional. É um calçador de meias feito de plástico e cordão. para pacientes que apresentam limitação em realizar flexão de tronco e/ou quadril.





CIAPAT

Como disse na postagem anterior, atualmente vivo em Buenos Aires. Trabalho no CIAPAT, Centro Ibero Americano de Autonomia Pessoal e Ajudas Técnicas, que conta com o apoio do centro da Espanha (CEAPAT). O centro tem o objetivo de contribuir e fazer cumprir os direitos das pessoas com deficiencia e idosos, através da acessibilidade integral, produtos e tecnologias de apoio e desenho arquitetônico pensado para essa população. Possuem um catálogo de produtos de tecnologia assistiva (lá chamam de Ayudas  Tecnicas) onde difundem materiais adaptados de variadas empresas. CIAPAT não vende, apenas faz a difusão dos produtos e promovem os mais variados cursos e seminários nessa mesma temática.

Esse é o site http://www.ciapat.org. Atualmente está apenas em espanhol, portanto somente atinge a países de língua castelhana, ou seja, aos países hermanos. Não recebe muitos acessos brasileiros (pretende-se mudar esse cenário , realidade não muito distante,  quando eu terminar a tradução do catálogo para o português). 


                      Este é o Salão de Exposições de CIAPAT (Buenos Aires) aberto ao público geral

A maioria dos produtos que apresentarei neste blog, encontra-se no Salão de Exposição de Ciapat.


Creio que já fiz uma breve introdução... agora mãos a obra!!!




Caminho Profissional

Bom, minha experiência com esse público veio da minha prática profissional. Sou Terapeuta Ocupacional Formada em Terapia Ocupacional pela PUC de Campinas (Brasil). 


Na formação acadêmica de T.O. na Puccamp, há 2 semestres de Dispositivos e adaptações em Terapia Ocupacional, disciplina que visa instumentalizar o aluno ao nivel teórico-prático para: avaliar, indicar e orientar a utilização dos diferentes dispositivos (órteses e adaptações), confeccionar e manejar, respeitando critérios de indicação e contra indicação; treinar e orientar a utilização dos dispositivos nas atividades de vida diária e prática (Segundo a Ementa do Plano de Ensino ). Com esse conteúdo me possibilitou a realização de variadas adaptações nas mais diferentes áreas :  AVD - Atividade de Vida Diária, CAA - Comunicação Alternativa e Suplementar, acessibilidade ao computador, órtese de MMSS, adaptação postural, mobilidade.

Com o decorrer dos anos, fui percebendo que as adaptações necessitavam de novas tecnologias. Afinal vivia em uma cidade conhecida como o "Vale da Eletrônica", onde as palavras tecnologia e telecomunicação estavam constantemente presentes nos discursos de âmbito educacional e empresarial santarritense. A percepção foi enfatizada quando o INATEL - Instituto Nacional de Telecomunicações, pela Faculdade de Engenharia BioMédica, inaugura o CDTA – Centro de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia Assistiva que tem como principal objetivo desenvolver soluções tecnológicas que facilitem a vida das pessoas com deficiência.  Enfim, era necessário uma nova capacitação.  Foi então que interessei fortemente pela área da Engenharia Biomédica.

Atualmente estou no quarto semestre do mestrado em Engenharia Biomédica na Faculdade Favaloro em Buenos Aires (Argentina), com o intuito de desenvolver e/ou difundir tecnologias assistiva para pessoas com deficiência e idosos com mobilidade reduzida.  De acordo que vou desenvolvendo minha tesis, vou escrevendo para poder compartilhar e intercambiar mais informações nessa área. 

Forte abraço:)

Intercambiando adaptações!!!

E vamos começar!!!
Todo início necessita de uma introdução... mas resolvi começar pelo objetivo.... Pensei em criar um blog onde fosse possível  intercambiar possibilidades de adaptações para pessoas com deficiencias diversas e idosos com mobilidade reduzida e/ou demencias. E assim podermos ter uma variedade de produtos funcionais que permitam maior autonomia e independencia a essa população. 

Durante 9 anos realizei adaptações de baixo custo em uma instituição muito conhecida no Brasil, a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). E como todo profissional que trabalha ou trabalhou nesta instituição, sabe do trabalho e da responsabilidade que essa tem para com as pessoas com deficiência.  E particularmente, nesta que trabalhei, para minha diretora não bastava fazer um bom trabalho, ou boa adaptação ou bom atendimento. Tinha que ser ótimo, portanto o grau de exigência sempre foi um ponto que nos motivou, enquanto equipe, a buscar novas possibilidades.

Porém, por ser uma entidade Filantrópica, não gozava de recursos suficientes para a compra permanente de materiais para a confecção de orteses (realidade , diga-se de passagem, da maioria dessa instituição) e/ou produtos de tecnologia assistiva. Com toda essa realidade, a alternativa que o setor de terapia ocupacional encontrou para a adaptação de materiais aos seus pacientes, era de baixo custo com utensílios caseiros, de forma bastante artesanal. Vale ressaltar que a família sempre foi um ponto crucial para a continuidade do uso do produto. Por mais criativo, funcional, usual que fosse a adaptação, sem o apoio da família seria praticamente impossível a conquista da meta do atendimento: proporcionar maior autonomia.

E a maioria das adaptações foram criadas nessa realidade: adaptações em cadeiras de rodas com travesseiros, EVA, madeiras, durepoxi, fita adesiva, restante de outras cadeiras já encaminhadas para ferro velho, e até mesmo com isopor de caixa de geladeira, talheres adaptados com cabo de vassoura, EVA, cano de PVC, tesouras e réguas para os pés,  swich com caixa de papelão, teclado com letras maiores de etiqueta, brinquedos adaptados com velcro (abençoado velcro), cadeiras escolares adaptadas com materiais recicláveis, enfim, o importante era ser funcional e útil. Na época não era nada estranho de me chamarem de “Rainha da sucata”, mas depois entendiam o porque de tanta diversidade de materiais.

Por fim, vou escrevendo aos poucos e direcionando o blog não apenas Terapeutas Ocupacionais, mas todo profissional envolvido com a deficiência e que desejam contribuir através de comentários, materiais, depoimentos, produtos.

Obrigada pela contribuição!!!

Vamos que vamos J