E vamos começar!!!
Todo início necessita de uma introdução...
mas resolvi começar pelo objetivo.... Pensei em criar um blog onde fosse
possível intercambiar possibilidades de adaptações para pessoas com
deficiencias diversas e idosos com mobilidade reduzida e/ou demencias. E assim
podermos ter uma variedade de produtos funcionais que permitam maior autonomia
e independencia a essa população.
Durante 9 anos realizei adaptações de
baixo custo em uma instituição muito conhecida no Brasil, a APAE (Associação de
Pais e Amigos dos Excepcionais). E como todo profissional que trabalha ou
trabalhou nesta instituição, sabe do trabalho e da responsabilidade que essa
tem para com as pessoas com deficiência. E particularmente, nesta que
trabalhei, para minha diretora não bastava fazer um bom trabalho, ou boa
adaptação ou bom atendimento. Tinha que ser ótimo, portanto o grau de exigência
sempre foi um ponto que nos motivou, enquanto equipe, a buscar novas
possibilidades.
Porém, por ser uma entidade Filantrópica,
não gozava de recursos suficientes para a compra permanente de materiais para a
confecção de orteses (realidade , diga-se de passagem, da maioria dessa
instituição) e/ou produtos de tecnologia assistiva. Com toda essa realidade, a
alternativa que o setor de terapia ocupacional encontrou para a adaptação de
materiais aos seus pacientes, era de baixo custo com utensílios caseiros, de
forma bastante artesanal. Vale ressaltar que a família sempre foi um ponto
crucial para a continuidade do uso do produto. Por mais criativo, funcional,
usual que fosse a adaptação, sem o apoio da família seria praticamente
impossível a conquista da meta do atendimento: proporcionar maior autonomia.
E a maioria das adaptações foram criadas
nessa realidade: adaptações em cadeiras de rodas com travesseiros, EVA,
madeiras, durepoxi, fita adesiva, restante de outras cadeiras já encaminhadas
para ferro velho, e até mesmo com isopor de caixa de geladeira, talheres
adaptados com cabo de vassoura, EVA, cano de PVC, tesouras e réguas para os
pés, swich com caixa de papelão, teclado
com letras maiores de etiqueta, brinquedos adaptados com velcro (abençoado
velcro), cadeiras escolares adaptadas com materiais recicláveis, enfim, o
importante era ser funcional e útil. Na época não era nada estranho de me chamarem de “Rainha
da sucata”, mas depois entendiam o porque de tanta diversidade de materiais.
Por fim, vou escrevendo aos poucos e direcionando o blog não
apenas Terapeutas Ocupacionais, mas todo profissional envolvido com a deficiência
e que desejam contribuir através de comentários, materiais, depoimentos,
produtos.
Obrigada pela contribuição!!!
Vamos que vamos J
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