segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Intercambiando adaptações!!!

E vamos começar!!!
Todo início necessita de uma introdução... mas resolvi começar pelo objetivo.... Pensei em criar um blog onde fosse possível  intercambiar possibilidades de adaptações para pessoas com deficiencias diversas e idosos com mobilidade reduzida e/ou demencias. E assim podermos ter uma variedade de produtos funcionais que permitam maior autonomia e independencia a essa população. 

Durante 9 anos realizei adaptações de baixo custo em uma instituição muito conhecida no Brasil, a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). E como todo profissional que trabalha ou trabalhou nesta instituição, sabe do trabalho e da responsabilidade que essa tem para com as pessoas com deficiência.  E particularmente, nesta que trabalhei, para minha diretora não bastava fazer um bom trabalho, ou boa adaptação ou bom atendimento. Tinha que ser ótimo, portanto o grau de exigência sempre foi um ponto que nos motivou, enquanto equipe, a buscar novas possibilidades.

Porém, por ser uma entidade Filantrópica, não gozava de recursos suficientes para a compra permanente de materiais para a confecção de orteses (realidade , diga-se de passagem, da maioria dessa instituição) e/ou produtos de tecnologia assistiva. Com toda essa realidade, a alternativa que o setor de terapia ocupacional encontrou para a adaptação de materiais aos seus pacientes, era de baixo custo com utensílios caseiros, de forma bastante artesanal. Vale ressaltar que a família sempre foi um ponto crucial para a continuidade do uso do produto. Por mais criativo, funcional, usual que fosse a adaptação, sem o apoio da família seria praticamente impossível a conquista da meta do atendimento: proporcionar maior autonomia.

E a maioria das adaptações foram criadas nessa realidade: adaptações em cadeiras de rodas com travesseiros, EVA, madeiras, durepoxi, fita adesiva, restante de outras cadeiras já encaminhadas para ferro velho, e até mesmo com isopor de caixa de geladeira, talheres adaptados com cabo de vassoura, EVA, cano de PVC, tesouras e réguas para os pés,  swich com caixa de papelão, teclado com letras maiores de etiqueta, brinquedos adaptados com velcro (abençoado velcro), cadeiras escolares adaptadas com materiais recicláveis, enfim, o importante era ser funcional e útil. Na época não era nada estranho de me chamarem de “Rainha da sucata”, mas depois entendiam o porque de tanta diversidade de materiais.

Por fim, vou escrevendo aos poucos e direcionando o blog não apenas Terapeutas Ocupacionais, mas todo profissional envolvido com a deficiência e que desejam contribuir através de comentários, materiais, depoimentos, produtos.

Obrigada pela contribuição!!!

Vamos que vamos J

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